Formação didática para professores de línguas estrangeiras - módulo 1 2015

Público-alvo

Professores de Centros de Línguas do Estado de São Paulo; professores da rede pública e privada; estudantes de graduação e pós-graduação em Letras

 

Carga Horária

20 horas.

 

Modalidade

Presencial

 

Objetivo do curso

● Refletir sobre as questões didático-metodológicas relacionadas ao ensino de línguas estrangeiras em diferentes contextos;
● Formar professores de línguas estrangeiras  na perspectiva crítico-reflexiva de sua prática profissional;
● Desenvolver atividades práticas relacionadas aos diferentes contextos de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras

 

Objetivo específico

●  Compreender o lugar das competências orais na didática das línguas estrangeiras
●  Discutir a utilização de jogos, práticas teatrais, atividades lúdicas na sala de aula
●  Refletir sobre estratégias de ensino e aprendizagem para trabalhar o oral na sala de aula a partir dos contextos dos participantes
●  Elaborar atividades com diferentes suportes para trabalhar as competências orais em línguas estrangeiras: seleção didatização de documentos
●  Refletir sobre as diferentes formas de avaliação do oral em  línguas estrangeiras

Calendário Módulo 1: 08/04 ; 15/04 ; 29/04 ; 06/05 ; 13/05
 

Justificativa

A formação inicial e continuada de estudantes em formação na Licenciatura em língua estrangeira e a prática profissional de professores que já atuam em diferentes contextos tornaram-se, nos últimos anos, uma necessidade para que ambos possam refletir sobre suas práticas pedagógicas diante dos desafios da sociedade nos dias de hoje.
No que se refere à formação inicial, os Cursos de Letras das universidades brasileiras incorporaram  reformulações importantes advindas da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996. Dentre elas, podemos citar o princípio de que a formação de professores se inicia na faculdade de Letras, o que significa que a reflexão sobre o cotidiano das ações do professor antes e na sala de aula deve ocorrer desde os primeiros anos de seu percurso acadêmico. Assim, o estudante é levado em diferentes momentos a refletir sobre sua futura prática profissional a partir de questões teóricas sobre concepções de ensino e aprendizagem de línguas que dialogam diretamente com as situações-problema da sala de aula e de questionamentos do fazer profissional, como elaboração de material didático, seleção de documentos na Internet, entre outros.
   Outro aspecto do mundo contemporâneo se refere ao desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação e o avanço das redes sociais como espaços de informação, formação e produção de conteúdos. Diversas experiências em escolas de línguas, colégios e universidades são realizadas por meio da integração de tecnologias e ambientes virtuais de aprendizagem permitindo que alunos e professores estabeleçam novas relações de ensino e aprendizagem favorecendo a interação e colaboração entre todos.
Para o professor que atua em instituições de ensino de línguas estrangeiras, estes aspectos somados à multiplicação de espaços nos quais o ensino e a aprendizagem ocorrem e os diferentes recursos tecnológicos que podem ser utilizados para a melhoria da aula e do aprendizado, entre outras modificações, suscitam questionamentos que levam o professor a refletir sobre sua prática pedagógica visando compreender e atuar de forma crítico-reflexiva sobre o seu cotidiano. 
O Curso de “Formação didática para professores de línguas estrangeiras” tem por objetivo trazer estas reflexões para o meio universitário, fazendo com que a Universidade ocupe seu papel de construção de novos conhecimentos articulados com a prática do professor e, que as questões de sala de aula possam também, alimentar novas reflexões, criando novos saberes e conhecimentos. De forma particular, trata-se de um espaço de formação inicial e continuada para a formação do professor crítico e reflexivo.
O Centro de Línguas da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo coloca-se assim, como um dos espaços possíveis no qual esta formação pode ocorrer e propõe a organização de módulos de formação a partir de temáticas transversais a todas as línguas estrangeiras, pois o que se discutirá está ligado a concepções metodológicas, estratégias de ensino e aprendizagem  que possam auxiliar o estudante de Letras em línguas estrangeiras e o professor a refletir sobre suas práticas.
Para que isso possa ocorrer, o curso foi dividido em módulos de 20h que apresentaremos a seguir.

- Conscientização do processo de leitura e transferência de conhecimento da língua materna para o francês língua estrangeira;
- Ensino de estratégias de leitura: predição, inferência, campos semânticos, palavras-chave, contextos imediato e global, conhecimento prévio, índices tipográficos, seletividade, balayage, repérage;
- Gramática aplicada a textos: artigos, adjetivos, pronomes, construções negativas e interrogativas, tempos verbais e suas respectivas noções, marcadores do discurso e suas funções retóricas, a voz passiva;
- Ensino de vocabulário: cognatos e falsos cognatos, formação de palavras por afixos (prefixos e sufixos), inferência lexical, uso do dicionário e as diferentes funções e usos do léxico;
- Organização textual: percepção da estrutura e compreensão dos textos do ponto de vista retórico, formal e estético; trabalho sobre a estrutura organizacional de Résumé (Abstract).

 

Avaliação

A avaliação é contínua por meio da participação nas atividades do curso. O aluno é considerado aprovado se sua frequência for igual ou superior a 85% e se sua nota final for superior a 7,0.

 

Material do curso

O material do curso será elaborado pelos professores a partir de recursos e documentos e será entregue semana a semana.

 

Bibliografia

Bibliografia geral do Curso “Formação didática em línguas estrangeiras” 

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Formação de Educadores a Distância e Integração de Mídias. São Paulo: Avercamp, 2007.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Inclusão digital do professor. Formação e prática pedagógica. São Paulo: Avercamp, 2004.
BRAGA, D. B. (2013) Ambientes digitais. Reflexões teóricas e práticas. São Paulo. Cortez Editora.
KENSKI, V. M. (2008) Tecnologias e ensino presencial e a distância. São Paulo, Editora Papyrus.
MAYRINK, M. F. (Org.); ALBUQUERQUE-COSTA, Heloisa B. (Org.). Ensino e aprendizagem de línguas em ambientes virtuais. 01. ed. São Paulo: Humanitas, 2013. v. 01. 218 p.
MORAN, J. M., MASETTO, M. T. E BEHRENS, M. A. (2010) Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo, Papirus Editora.
PIETRARÓIA, Cristina Casadei ; ALBUQUERQUE-COSTA, Heloisa B. Leitura digital no ensino-aprendizagem de francês língua estrangeira. In Leitura(s) em Francês Língua Estrangeira. 1. ed. São Paulo: Editora Paulistana, 2014.  V.02. p-7-20.
RIBEIRO, A. E. e alii (2010) Linguagem, tecnologia e educação. São Paulo. Editora Petrópolis.
SILVA, M. (2012) Formação de professores para docência online. São Paulo, Edições Loyola.
SILVA, M. A sala de aula interativa. (2010) São Paulo, Edições Loyola.
SILVA, M. e SANTOS, E. (2006) Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo, Edições Loyola.
VALENTE, J. A. e BUSTAMANTE, S.B. V. (orgs.) Educação a distância. Prática e formação do profissional reflexivo. São Paulo AVERCAMP Editora.


Referências em francês

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FOUCHER, A-L. et al. (2008) TICE et Didactique des Langues Étrangères et Maternelles : la problématique des aides à l’apprentissage. Clermont-Ferrand, Presses Universitaires Blaise-Pascal.
GUICHON, N. (2006) Langues et TICE : méthodologie de conception multimédia. Paris, Editions OPHRYS.
GUICHON, N. (2012) Vers l’intégration des TIC dans l‘enseignement de langues. Paris, Didier.
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Le Français dans le monde. Recherches et application. Revue de la FIPF, numéro spécial : Apprentissages des langues et technologies : usages en émergence. Paris : 2002.
LEBRUN, M., LACELLE, N. E BOUTIN, J-F. (2012) La littératie médiatique multimodale. De nouvelles approches en lecture-écriture à l’école et hors l’école. Québec.
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